Crítica: O Protetor

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Denzel Washington é um daqueles atores que salva qualquer filme. Suas parcerias com Tony Scott e Antoine Fuqua foram um exemplo de como o ator consegue se ligar muito bem com papeis de “heróis” comuns. A irregularidade dos diretores nunca foi um problema para Washington, que sabe lidar muito bem com as adversidades.

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Uma vez mais, o ator retoma a parceria com Fuqua, para interpretar um personagem que é um justiceiro dos mais corriqueiros no cinema atual; mas pela interpretação de Washington, ganha um significado diferente, um símbolo da figura do senso social, emergente das grandes crises, do desespero da população.

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“O Protetor”, não passa de um “equalizador”, um contra balanço em relação à violência, o desemprego, à fraca economia. Roberto (Denzel) é sim um homem comum, que ao menos tempo emerge e apresenta uma aura de herói dos quadrinhos. Não são necessários múltiplos inimigos, nem explosões mirabolantes e vilões estereotipados, para fazer de um herói, o que ele realmente é.

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Ao longo de quase 2 horas de filmes, são poucos os momentos em que vemos um herói exercer o seu trabalho. E na principal sequência do filme, ele resolve ocultar sua presença, ao invés de aplicar golpes de artes marciais, para mostrar que é alguém digno de aplauso. Timidamente ele prospera como se fosse um anjo da guarda, ao mesmo tempo em que se aproxima a passos largos da morte, e sente medo disso.

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Em pleno século 21, não é de se admirar que um homem, possa ser um herói. “Dirty Harry” de Clint Eastwood, Ethan Hunt de “Missão Impossível” e até “Xander Cage”, de Vin Diesel, todos eles, tentaram se aproximar o mais rapidamente possível da figura do homem (e/ou da mulher) como liderança, na sociedade. Alguns conseguiram, outros falharam, mas sempre tentaram. “O Protetor” é de Denzel Washington, sem sombra de dúvidas. Martin Csokas se esforça para entregar um vilão à altura, e quase ofusca o astro, mas em seu próprio discurso existe a descrença sobre a função do vilão: “eu só faço o meu papel, é para isso que estou aqui”.

4 DONUTS

Ótimo

2 comentários em “Crítica: O Protetor

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